A histria da feira hippie
Tudo começou em 1969, quando alguns artistas e estudantes ligados às artes plásticas tiveram a idéia de expor seus trabalhos artísticos experimentalmente na praça da Liberdade, local arborizado, cercado pelo belo conjunto arquitetônico e que era pouco freqüentado pelos belorizontinos na época. De início houve uma certa dificuldade, por parte da prefeitura, em permitir a exposição de trabalhos artísticos livremente, pois estava em pleno vigor o AI-5, ideologia política que vedava qualquer manifestação contra a ordem vigente. Existia ainda a idéia de que as autoridades municipais tinham preferência pela arte acadêmica e temiam que a praça viesse a ser ocupada pelos modernistas, porém, estes fatos não impediram a realização da feira como um evento esporádico.
Ao visitar a feira em 1971, o governador de Minas Gerais Israel Pinheiro desejou que a praça voltasse a ser freqüentada pelo povo e apoiou a realização da feira como um evento permanente deixando surpresos os funcionários da prefeitura, que não tinham o menor interesse em sustentar um aglomerado de "Hippies" naquele nobre local. Somente a partir desta visita é que a feira passou a ter uma periodicidade fixa.
Logo, a feira hippie foi se tornando um ponto de encontro de moradores e turistas. A prefeitura então preocupada com a preservação da Praça Histórica da Capital Mineira sentiu a necessidade de migrar daquele espaço, propiciando um conforto maior e permitindo aos visitantes um espaço melhor de lazer. A feira, então, foi transferida, em 1991, para a avenida Afonso Pena.
Consolidou-se assim como um patrimônio cultural e turístico da capital tornando-se uma das maiores feiras em espaço aberto da América Latina, ampliando suas atividades e crescendo em diversidade, se tornando nos dias atuais um dos maiores pólos de manifestação da arte popular brasileira , recebendo milhões de visitantes de todos os cantos do Brasil e até do exterior. O turista tem na feira um autêntico encontro com o