A Historia de Educação Romana
A primeira e fundamental instituição romana de educação é a família de tipo patriarcal, agente de uma sociedade mais vasta, que vai da cidade ao império. Educador é o pai, que na sociedade familiar romana desempenha também as funções de senhor e de sacerdote – paterfamilias.
Nesta obra educativa colaborava também a mãe, especialmente nos primeiros anos e no concernente aos primeiros cuidados dos filhos, sendo, em Roma, mais considerada a mulher do que na Grécia, dadas as suas predominantes qualidades práticas.O fim da educação é prático-social: a formação do agricultor, do cidadão, do guerreiro. Essencialmente práticos e sociais são os meios: o exemplo, o treino ministrado pelo pai que faz o filho participar na sua atividade agrícola, económica, militar e civil, a tradição doméstica e política e a religião. E tudo isso sob uma disciplina severa.
Enquanto as dimensões do Império Romano ainda eram pequenas, os setores dominantes contentavam-se com essa educação deficitária. Porém, à medida que o comércio e as guerras avançaram e os romanos foram tendo contato com outros povos, criando-se novas necessidades, aquela instrução precária deixou de atender aos seus interesses (PONCE, 1991).
A educação romana sofreu necessariamente uma profunda modificação, quando o antigo estado-cidade, desenvolvendo-se e expandindo-se para a nova forma do estado imperial – entre o terceiro e o segundo século a.C. – entrou em contato com a civilização helénica.
A partir daí, sentiu-se então a exigência de um novo sistema educativo, em que a instrução, especialmente literária, tivesse o seu lugar. Esta instrução literária partiu precisamente da cultura helénica. Primeiro são traduzidas para o latim as obras literárias e poéticas gregas – por exemplo, a Odisseia -, depois estudavam os autores gregos no texto original, enfim se forma pouco a pouco uma