A Heterogeneidade da Linguagem
Desde a antiguidade, o homem se preocupou em entender o fenômeno linguístico e os elementos que o constituíam. E, no decorrer do tempo, tentaram explicar esse fenômeno por meio de diversas concepções sobre a língua.
Língua é uma expressão do ser humano que o diferencia de outros animais.
A língua sofre variações em todos os níveis a partir de fatores geográficos, sócio-econômicos, escolaridade e até de idade.
A língua também vem sofrendo mudanças ao longo do tempo e por isso não deve ser estudada como algo morto, considerando as pessoas vivas que fazem uso dela. A língua em suas diversas formas e variantes, é dinâmica e é o código utilizado pelo ser humano para se comunicar com seus semelhantes, trocar informações, difundir ideias e conceitos.
Em se tratando de Língua Portuguesa, esta, se restringe completamente ao uso da gramática normativa, a qual, determina o que é certo e o que é errado. Mas, segundo os PCNs da Língua Portuguesa (Brasil, 1997), o ensino gramatical separado dos usos não se justifica e o trabalho com a gramática normativa não deve se firmar no mito de que existe uma forma correta de falar. Nesse sentido, o estudo da gramática não deveria se limitar exclusivamente à variante padrão, já que esta, não é a única existente. O reconhecimento da existência das variedades linguísticas é fundamental para o ensino da língua materna.
Em virtude dessa visão , não é necessariamente obrigatório que o ensino se concentre apenas em parte, considerando somente a norma padrão, onde esta, determina as regras, fazendo julgamento de valor, indicando o certo e o errado .
Não podemos desconsiderar portanto, que o papel da escola é propiciar ao aluno, o acesso à norma culta, já que esta é necessária para a ascensão social, o domínio da cultura e da escrita e de acesso aos bens culturais. Considerando as diversidades culturais na sociedade, há também que se atentar à diversidade linguística e essa