a herança intelectual da sociologia
Análise de “A herança intelectual da Sociologia” de autoria de Florestam Fernandes: A sociedade vivia o fim da era medieval (início do mundo moderno). O Século XIX foi marcado por crises sociais e pela mudança da mentalidade dos indivíduos; enfraquecimento da Religião, da Metafísica e da tradição, além do advento do pensamento científico. Devido à curiosidade humana com as questões de sua origem e procedência se abrem as portas para uma nova ciência, cujo objetivo era, a partir de um ponto de vista científico, observar e explicar esses fenômenos sociais; nasce a “Sociologia do século XIX”. Seus pioneiros e fundadores como Comte, Marx, Malthus, Le Play,... objetivavam não somente uma compreensão teórica positivista da sociedade, mas também utilizar o conhecimento sociológico na prática, a fim de modificar a sociedade a qual estavam inseridos. As ciências normalmente se desenvolvem ora de natureza positivo-racional, ora de natureza ultracientífica (a partir das necessidades práticas), como o caso da Sociologia. Devido à vinculação da Sociologia com os casos de existência social, houve uma mudança positiva na análise dos modelos científicos à natureza dos fenômenos naturais humanos; criando uma nova concepção do objeto de estudo e das funções dessa ciência. Porém, apesar dos prós que essa vinculação trouxe à Sociologia, ela prejudicou o futuro da ciência, reduzindo-a a Filosofia Política. A “Sociologia do século XIX” é uma importante referência para o desenvolvimento sociológico. Para compreendê-la é necessário entender que a vida em sociedade está submetida a uma ordem. No mundo moderno, esse pré-requisito essencial para elaborar a Sociologia, se deu devido ao fim da sociedade feudal e à evolução do sistema de produção capitalista. “Todo sujeito percebe o mundo exterior e as próprias tendências através de categorias de pensamento herdadas da sociedade em que vive.” (p. 13). Portanto, para que se analise