A HERANÇA GRECO-ROMANA - Recuperação tardia dessa herança
Europa Ocidental. Na época, como se sabe, era parte do Império Romano, que desaparece de sena na altura do século V. Basicamente, a sedimentação em apreço dá-se em decorrência de sua conversão ao cristianismo.
Quando esta ocorre, do século IX à metade do século X tem lugar um segundo ciclo de invasões. Desta vez, efetivado por outros personagens, afinal vencidos, entre a segunda metade do século X e o século XI, seguindo-se a sua incorporação à nova civilização cristã.
Dos séculos XII ao XIV floresce plenamente a chamada Idade Média européia. Pode-se tomar como referência os anos 1175-1244, período da vida de Miguel Scot, como sendo aquele em que os textos gregos são traduzidos ao latim e reintroduz-se a discussão do pensamento antigo entre os cristãos.
O conhecimento do pensamento grego antigo começa pelos livros relacionados à medicina clássica (Hipocrates e Galeno). Segue-se a tradução das obras de caráter científico, preservadas no Museu de
Alexandria e também de eruditos árabes que dão a conhecer o número arábico, conhecimento esse essencial ao futuro desenvolvimento, no
Ocidente, do cálculo matemático.
A par do conhecimento das obras relacionadas à ciência antiga, igualmente tem lugar a tradução da obra filosófica de Aristóteles. A descoberta compreende também autores romanos que irão dar notícia do direito e da política. Ainda no século XII, inicia-se, na Itália, a formaçãodas primeiras universidades, onde tem lugar o estudo sistemático do direito romano que viria a produzir grande impacto, progressivamente adotado em substituição ao direito consuetudinário vigente. O impacto das instituições políticas romanas seria muito posterior.
Quanto à filosofia aristotélica, desde logo teria lugar a sua interpretação segundo cânones cristãos, o que a tornaria dominante