A gula
O livre a gula, que é parte da coletânea Clube dos Anjos, traz a história de amigos que se reúnem mensalmente para apreciarem e saciarem sua vontade de comer. Tudo começou na adolescência quando os dez amigos se reuniam para comer picadinho quase que diariamente no bar do Alberi, e com o passar do tempo torno-se uma reunião quinzenal até tornar-se mensal. A história do livro começa quando o grupo já possuía vinte e um anos de existência e um dos membros já havia sido substituído por conta da morte de um dos integrantes.
“- Há quantos anos vocês se reúnem?- Vinte e um. Vinte e dois, este ano. - Sempre o mesmo grupo? - Sim.Não.Um morreu e foi substituído. São sempre dez.”
A história do clube é contada por Daniel, o narrador da história para Lucídio, o futuro envenenador, em um encontro supostamente casual em uma loja de vinhos.
Lucídio é convidado para ser o cozinheiro do grupo, onde com pratos extremamente bem elaborados, vai matando um integrante a cada encontro, envenenando sempre o último prato.
No desenrolar da trama, o narrador traz historias de todos os integrantes, aventuras e desventuras de um grupo que ele define como de sujeitos que não fizeram quase nada de sua vida, trazendo vários exemplos de fracassos comerciais, amorosos e outros, quase sempre com toques de humor e ironia.
Em paralelo a história, o narrador coloca recortes de humor com as histórias das Xifópagas Lésbicas que ele escreve e compartilha com seus amigos.
“Saulo e Marcos e, eventualmente outros da turma contribuíram com incidentes e detalhes para a saga das xifópagas mas a maioria das histórias é minha. As desafortunadas irmãs Zenaide e Zulmira, impossibilitadas de consumar a forte atração sexual que sentiam uma pela o utra, tentavam compensar a frustração tendo casos com outras mulheres, casos difíceis e ruidosos que sempre acabavam derrotados pelo ciúme.” A história se desenrola com a morte de quase todos os integrantes da “confraria”