Brasil colonia
Qual é a importância do período colonial para a formação econômica, social e política do Brasil, no final do século XIX e início do século XX, do ponto de vista de Caio Prado Jr., Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda?
O nosso passado colonial (final do século XIX e início do século XX) formou nossa organização interna, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Este passado, no entanto, fez com que nosso país fosse reflexo da dinâmica externa, visto que, valorizando o capital metropolitano português, impôs a plantação de monoculturas voltadas para a exportação, o que nos relegou à condição de meros exportadores agrários e contribuiu para desequilíbrios sociais provindos de nossa estrutural social heterogênea.
Segundo Caio Prado Jr. (1981) a colonização foi fruto de descobrimentos ultramarinos e teve como objetivo o estabelecimento comércio de gêneros de grande valor comercial e altamente lucrativos para aumentar riqueza e poder da Grande Empresa Comercial Européia. Assim, a colonização era um grande negócio que visava produção a ser levada para o exterior. Toda a estrutura brasileira foi disposta nesse sentido de atender a demanda externa. Assim, do ponto de vista econômico, a colonização fez com que o funcionamento do país fosse determinado pelo comércio externo e, portanto, era apenas um empreendimento a serviço do capital comercial europeu.
A produção em larga escala para o exterior de gêneros agrícolas, por exemplo, foi possível graças à monocultura trabalhada por escravos. Como havia grandes terras e dificuldades naturais ao trabalho de indivíduos isolados (como na propriedade camponesa de pequeno porte), predominou-se no Brasil, a propriedade lavrada por trabalhadores escravos. Do ponto de vista social, uma vez que os ciclos econômicos geriam a economia, firmavam-se desequilíbrios regionais (advindos da baixa integral entre as regiões) que, além de originarem concentração extrema da