A Guerra dos Mundos
A transmissão de A Guerra dos Mundos, foi um dos primeiros exemplos, de como é possível manipular as massas através das mensagens transmitidas pelos meios de comunicação.
Nos anos 30, Orson Welles fzia teatro, e sempre que podia, executava algumas peças de rádio, transmitidas a partir do Mercury Theatre. Em 1983, a CBS pediu-lhe para realizar um programa semanal de uma hora, composto por dramas radiofónicos que utilizariam atores do referido teatro. A 11 de julho de 1983, está série de programas estreou-se com Drácula de Bram Stoker. Seguiram-se adaptações de obras de Charles Dickens, Alexandre Dumas, entre outros. O sucesso foi tão grande, que a CBS propôs-lhe a execução de uma segunda série. No final de outubro, Welles e o profutor John Houseman decidiram transmitir uma peça de terror, chamada A Guerra dos Mundos de H.G Wells, visto que se ajustava ao Halloween.
Welles e Houseman analisaram o guião e acharam que não era suficientemente convincente. À última hora, tentaram reescrevê-lo, mas não conseguiram, e a emissão avançou. Entretanto, Welles fez uma adaptação banal mas que revelou um efeito surpreendente: A peça foi interpretada de forma a parecer uma sucessão de noticiários, relatando uma invasão de extraterrestres. A técnica tinha como objectivo, intensificar o efeito dramático.
Ao longo da peça, a música de fundo era constantemente interrompida por intervenções de supostos jornalistas, descrevendo visões de um objecto incandescente, que tinha despenhado numa quinta junto a Grovers Mill, New Jersey. Enquanto os ouvintes ouvia com atenção, os atores personificavam repórteres, policiais e todo o tipo de intervenientes (que geralmente surgem num noticiário), assim ia sendo descrita a aterragem de uma força invasora e a destruição dos EUA. A emissão era intercalada por diversos avisos, de 40 em 40 minutos, explicando que tudo não passava de uma encenação. Entretanto, se os ouvintes perdessem a primeira explicação, no inicio do