A guerra da Crimeia
Após a derrota de Napoleão em 1815 a Rússia, Aústria, Grâ-Bretanha e Prussia reuniram-se em Viena para o Congresso de Viena. Este congresso estabeleceu a Sacra Ordem da Europa - um equilibrio entre os poderes que iriam perdurar neste continente até à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
O Congresso de Viena foi uma conferência entre as potência vencedoras da batalha contra o Império de Napoleão. Os objetivos desses países eram redesenhar o mapa político europeu, reestabelecer a ordem na França, no sentido de garantir a paz na Europa.
Foi assegurado que a França deveria pagar uma indemnização de guerra e formar um novo governo conservador. As conseqüências do Congresso de Viena foram: vantagens políticas aos países dominantes, redefinição das fronteiras políticas européias e relativa paz no contexto da época.
Inícios do conflito
A Guerra da Crimeia, que teve início em 1853 e fim em 1856, foi um conflito que se deu entre o Império Russo e uma aliança entre o Império Francês, Império Britânico e o Reino de Sardenha. A guerra foi parte uma contestação entre as maiores potências europeias relativamente aos territórios do Império Otomano, que então se encontrava em declínio.
Durante 200 anos, a Russia expandiu as suas fronteiras ao sul em direcção aos portos da água morna do Mar Negro. Estes portos, devido à temperatura das águas, não congelavam durante o Inverno, o que era essencial para a expansão do comércio e do desenvolvimento da Marinha russa. O que levou a um estado de guerra com os Cossacos Ucranianos e mais tarde com os Tártaros. Quando a Russia conquistou estes grupos e obteve a possessão da Ucrânia, o Império Otomano perdeu a sua zona amortecedora contra as expedições da Russia e sentiu o conflito diretamente.
Em 1853, o czar Nicolau I invocou o direito de proteger os lugares santos dos cristãos em Jerusalém, então parte do Império Otomano. Sob esse pretexto, as suas tropas invadiram os principados otomanos do Danúbio (Moldávia e