A física do Vôo
Para aproveitar esse efeito, a superfície superior da asa de um avião é curva: Assim, quando ela se move para a frente, o ar que passa por cima precisa se deslocar mais rapidamente do que o que passa por baixo. Em outras palavras, para tornarem a se encontrar na borda posterior da asa, os fluxos de ar superior e inferior deslocam-se a diferentes velocidades num mesmo tempo. Como o ar que passa na superfície superior é o que tem maior velocidade, gera-se ali uma zona de baixa pressão, criando uma força que "puxa" a asa para cima. Essa força, conhecida como "sustentação", é que permite que o avião se mantenha no ar.
Aumentando-se o ângulo do bordo de ataque da asa, o ar que passa por cima move-se ainda mais rapidamente, ampliando a sustentação. Contudo, se o ângulo de ataque for aumentado acima de certos limites, o ar pode não mais fluir regularmente sobre a asa: a pressão cai de mais, o fluxo de ar torna-se turbulento e, em conseqüência, o avião pode entrar em estol, ou seja, perder sustentação.
Quando o avião está se movendo de modo relativamente lento, o piloto pode baixar os flaps - abas existentes na borda de fuga das asas - e, com isso, acentuar o perfil curvo da superfície alar, aumentando a sustentação.
Ele faz isso normalmente na decolagem e no pouso.
Os controles
Uma vez no ar o avião pode mudar sua direção de três maneiras: em pitch (nariz para cima ou para baixo), em roll (rolagem em torno do eixo longitudinal) ouem yaw (movimento para a esquerda ou direita, no plano horizontal). Para isso, são utilizadas três de suas chamadas superfícies de controle: elevadores (ou profundor), ailerons e leme.
Para o roll são usados os ailerons, abas localizadas nos bordos de fuga das asas. Com um aileron levantado e o outro abaixado, a sustentação é