A função social da arte
CURSO DE PSICOLOGIA – DIURNO
A FUNÇÃO SOCIAL DA ARTE
1º. Caracterizar a Ideologia “Burguesa” e a “Dialético-Engajada” das “Artes Eruditas e da Indústria Cultural”, a partir da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt.
As análises sobre a Ideologia “Burguesa” e a “Dialético-Engajada”, produzida por alguns dos representantes da Escola de Frankfurt, não foram fundamentalmente homogêneas. No período de ascensão da burguesia, os autores Marcuse, Adorno e Horkheimer trataram do tema cultura tomando a distinção entre “cultura” (mundo das idéias e dos sentimentos) e “civilização” (mundo da reprodução material). O mundo cultural permitia que a elite contentasse os demais membros da sociedade com promessas e expectativas no mundo espiritual, evitando reivindicações e promovendo a restrição do bem-estar à grande maioria populacional.
Em contraposição a essa realidade, a mesma sociedade burguesa anseia um mundo melhor através dos ideais de felicidade, liberdade, amor e humanidade representados em seus bem culturais. A obra de arte, inacessível ao consumo da classe trabalhadora, representava, então, um protesto contra a injustiça.
Ao decorrer do tempo, a separação dos dois mundos se tornou insuficiente para manter os trabalhadores, inseridos no processo produtivo, submissos, se fazendo necessárias as mudanças nos padrões de organização da produção cultural. Os bens culturais deixam de ser bens de consumo de luxo para se converterem em bens de consumo de massa, devido à revolução industrial. As obras passaram, então, a serem reproduzidas em série. A dissolução da arte, contrariando o pensamento de Marcuse, não ocorreu porque a produção de mercadorias havia sido suprimida, mas sim pois ela foi transformada em mercadoria (Adorno, Horkheimer) e assimilada à produção capitalista de bens. A democratização da cultura foi, assim, falsa e o produto cultural, tornando-se valor de troca, faz surgir a “indústria cultural”. O novo sistema, destinado ao