A fuga das galinhas
Eu sei que não deveria falar disso, ainda mais aqui, mas às vezes sinto necessidade disso. E não exatamente de falar da gente, mas sim de como fica essa situação em que eu me coloquei. Sim, eu. Porque por incrível que pareça, você não tem tanta culpa nisso. Apesar de ser o primeiro a tocar no assunto mesmo quando eu me seguro pra não falar nada, a única pessoa aqui a pensar e calcular isso tudo sou eu. Eu que toco no teu nome quase todo dia. Seja porque lembrei de ti por uma besteira mínima, ou porque me perguntam, ou porque sai sem querer. Por isso digo que a maneira é bem diferente. Mas já ta virando praxe eu dizer que não cobro nada de ninguém. Não cobro mesmo. Só sinto necessidade de falar (escrever, no caso). Porque quando penso nessa confusão toda que caiu de pára-quedas nos meus dias, fico brava por não ter mais força alguma pra negar e dizer que não existe.
Aí, o que me resta fazer? Absolutamente nada. Não adianta querer nada, porque o que poderia ser, não vai ser. Não da forma que eu gostaria, nem da que você imagina. Nunca acreditei em finais felizes, não é agora que vou passar a acreditar. E por mais que eu queria muito colocar um ponto final nisso e poupar tempo e neurônios, não consigo. O meu lado que sente sempre fala mais alto. E me deixa desarmada na tua frente, sem saber o que fazer. E o fim induzido doeria muito mais que o fim natural, e acredite, mais que pode ousar doer agora. Então não faço nada, não