A Fuga Da Morte Sebasti O Salgado
349 palavras
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Universidade Nove de JulhoLicenciatura em História
Disciplina: Leitura e Produção Textual I
Professor: Joel Rosa de Almeida
Aluno: Valmir Duarte Carvalho RA: 2514100029
ATIVIDADE 2
A FUGA DA MORTE
O fotógrafo Sebastião Salgado, apaixonado pela arte de fotografar, mostra em suas fotografias realidades cruéis do cotidiano de vários lugares do mundo.
Nesta fotografia, o que vemos? Vemos, o que parece ser uma família, fugindo da seca, da fome, sem destino e com uma esperança de algo melhor. Ao fundo uma árvore seca, um céu sem nuvens e uma longa estrada pela frente. Eles caminham, com seus poucos pertences, no que parece sem um destino ou talvez, visando um sonho, uma vida melhor. Esta imagem nos traz à lembrança o livro “Vidas Secas” de Graciliano Ramos (1969), o qual exprime a realidade do sertão brasileiro: “E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.”. Ela elucida a miséria e a esperança. Em seu romance ele trata a penúria como uma longa viagem
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. (Graciliano Ramos, 1969, p.01)
É a triste esta verdade vivida no sertão brasileiro desde o começo do século, e ainda hoje. Por que? Os milharais sem água, já não fornecem milho, a mandioca sem água, seca-se a raiz, o gado sem pasto não fornece o leite. O que fazer diante desta realidade? Fugir, fugir da fome, fugir da seca, fugir da morte, pois se ficar, com certeza devagar ela chegará.
Assim, a população nordestina tem ao longo dos anos saído furtivamente de sua realidade desgostosa e pesarosa para outros estados do Brasil em busca do sonho, a ilusão, ou ainda, a utopia de uma condição mais adequada de