A FRAGMENTAÇÃO GEOPOLÍTICA HEMISFÉRICA E A CÚPULA DAS AMERICAS
A FRAGMENTAÇÃO GEOPOLÍTICA HEMISFÉRICA E A CÚPULA DAS AMERICAS
Fabrício Kleison de Sousa Silva1 fabriciok.xavier@gmail.com Dyego Freitas Rocha2 rocha_dyego@yahoo.com.br Joany Karen da Silva Ferreira3 joanykaren@hotmail.com Edu Silvestre de Albuquerque4 edusilvestre@ufrnet.br Resumo
No longo período histórico da Doutrina Monroe até a Guerra Fria, as Américas permaneceram alinhadas geopoliticamente em torno do projeto de hegemonia dos EUA, salvo uma ou outra exceção e geralmente por curto intervalo de tempo. A mais notável exceção no período da
Guerra Fria foi Cuba, que optou por um alinhamento com Moscou; fato que gerou ferrenha oposição em Washington, que penalizou a ilha com a exclusão na Organização dos Estados
Americanos (OEA) e com embargos econômicos. O presente artigo aborda a recente ruptura geopolítica regional ocorrida a partir das divergências entre os atores nacionais manifestadas nas reuniões da Cúpula das Américas. Estas são analisadas através das ideias produzidas e decisões resultantes das reuniões hemisféricas que acontecem constantemente desde 1994, totalizando até agora seis encontros. Estes encontros reúnem países do continente americano incluídos na OEA - que atualmente são trinta e cinco Estados Independentes -, e tem como foco
Democracia, Livre Comércio e Desenvolvimento Sustentável nas Américas. É justamente nos dois primeiros temas que ocorrem as principais divergências entre os Países-Membros,
1
Aluno do Curso de Graduação em Bacharelado em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN, Brasil.
2
Aluno do Curso de Graduação em Licenciatura Plena em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
– UFRN, Brasil.
3
Aluna do Curso de Graduação em Bacharelado em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN, Brasil.
4
Professor Doutor, lotado no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do