A força do empreendedorismo
Só as seis regiões metropolitanas pesquisadas mensalmente pela Fundação João Pinheiro (São Paulo, Salvador, Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife), têm juntas 3 milhões e 140 mil desempregados, dados de maio de 2007. A taxa de desemprego total é de 16,4% da população economicamente ativa, ou seja, 16,4 de cada 100 pessoas que procuram emprego se deparam com portas fechadas.
Com esses números, não é difícil entender por que o Brasil também favorece a informalidade. Os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que mais da metade dos brasileiros (52%) sustenta-se da informalidade. Mas da adversidade, há quem descubra novos caminhos. E um dos que mais tem atraído os jovens é o empreendedorismo,.
A UFMG consegue formar bons exemplos da arte de dar vida ao próprio negócio, ou de transformar uma excelente idéia em realidade. No ano passado, por exemplo, o biólogo Álvaro Eiras, professor do Instituto de Ciências Biológicas, recebeu um prêmio no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), por desenvolver uma tecnologia capaz de monitorar com mais precisão a infestação de mosquitos da dengue. Transferida à iniciativa privada, a chamada Mosquitrap, uma armadilha que atrai e aprisiona a fêmea do Aedes aegypti, foi usada para monitorar o avanço do mosquito da dengue até mesmo na Vila Olímpica dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro. A iniciativa de Álvaro Eiras rendeu elogios até de Bill Gates, o poderoso chefão do mundo da informática e criador da Microsoft, cujos programas são os mais utilizados em computadores residenciais de todo o mundo.
Pessoas como Gates ditaram um modelo decisivo no mercado de trabalho: a necessidade de empreender para criar novas perspectivas no mercado. Para muitos, o empreendedorismo é sinal dos novos tempos. “Daqui a alguns anos, esse emprego clássico, com carteira assinada, como conhecemos, vai terminar. O mercado vai pertencer aos profissionais liberais, empreendedores. E