A formação Iugoslava
O início da formação da Iugoslávia começou no final da Primeira Guerra Mundial com a dissolução da monarquia austro-húngara, que deu origem a estados nacionais, entre eles o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Após alguns tratos políticos entre os governantes da região, em 1929, foi declarada a formação do Reino da Iugoslávia, com um sistema político autoritário comandando por Alexandre I.
Com a Segunda Guerra Mundial, a região tornou-se estratégica para a dominação alemã. As ideias de Hitler dividiam as opiniões dos cidadãos iugoslavos. Enquanto os croatas, encabeçados pela organização nacionalista Ustase, apoiavam a invasão alemã, o governo iugoslavo, sob a atuação do Conselho Antifascista de Libertação Nacional, liderado por Josip Broz Tito, lutava contra as investidas de Hitler. Todavia, os alemães só foram expulsos em 1944 e o Ustase foi liquidado.
Aqui vale ressaltar a importância de Tito durante toda a história da Iugoslávia. De origem militar, Tito participou na Primeira Guerra como soldado das tropas austro-húngaras. Durante o confronto, foi prisioneiro na Rússia, onde teve contato com políticas e ideais comunistas. Mais tarde, ele retornaria ao Reino da Iugoslávia e participaria do partido comunista, contrário ao nazismo de Hitler.
Por conta de sua luta contra os alemães, Tito se tornou popular e foi escolhido para o cargo de primeiro-ministro do Reino da Iugoslávia, em 1945. Foi nessa época que enfrentou a contestação dos Chetniks, nacionalistas sérvios que apoiavam a monarquia. A diferença de ideologias eclodiu uma guerra civil entre os Chetniks e o grupo de Tito, que lutava pela proclamação da república. Vitorioso, Tito participou da formação da Iugoslávia Democrática Federal, cuja constituição foi promulgada em 31 de janeiro de 1946.