A Formação do Homem Civil
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A Formação do Homem Civil: Sociedade De Corte E Boas Maneiras Entre as mudanças que envolvem a sociedade europeia e que são diversas e complexas, como indicamos na primeira seção, não vem em último lugar aquela que se refere ao costume de vida, ás regras de comportamento social e, portanto, ao estilo da vida civil. A civilização de boas maneiras é centro motor da sociedade civil pela própria burguesia em ascensão, a qual imita a aristocracia e procura reviver seus cerimoniais simplificando-os e, ao mesmo tempo, separar-se do povo estabelecendo regras próprias de vida e códigos próprios. Esse processo, que deve ser considerado um processo educativo. Através do mesmo, veio a constituir-se a sociedade civil, a qual vive de regras não escritas, normas interiorizadas, costumes difusos que dão corpo à “opinião pública”. A sociedade de corte, de um lado, e as boas maneiras, de outro, representadas pelo estilo de uma burguesia que se inspira no princípio ético-estético da politesse (boas maneiras) em cada ato da vida. A sociedade de corte estabelece modelos de comportamento e estilos de vida quem envolveram a estrutura de habitação. Entretanto, a vida de corte e seus códigos estavam em constante mudança, indo desde uma necessidade de continua sofisticação para distingui-se das outras classes sociais até a uma necessidade de maior naturalidade, contra o peso e o tédio de que a etiqueta tão incomoda e até abstrusa e a corte é uma mentalidade que raciocina de maneira diferente a sociedade da sociedade burguesa profissional. E desta complexa engrenagem o eixo central é o rei, que não está absolutamente livre da etiqueta, mas que a produz e a procura ao mesmo tempo, estabelecendo assim “um mecanismo de regulamentação segurança e vigilância”.