Administração 1º semestre
Em 1652 Locke foi estudar em Oxford, formando-se em medicina e tornando-se, posteriormente, professor daquela Universidade. Em 1666 foi requisitado como médico e conselheiro de lorde Shaftesbury, destacado político liberal, opositor do rei Carlos II no Parlamento.
Shaftesbury foi o mentor político de Locke, exercendo grande influência em sua formação liberal. Em 1681, acusado de aspirar contra Carlos II, Shaftesbury foi obrigado a exilar-se na Holanda. O envolvimento na conspiração de seu patrono obrigou Locke também a refugiar-se na Holanda em 1863, de onde só retornou após a queda de Jaime II, soberano católico e absolutista.
Além de defensor da liberdade e da tolerância religiosas, Locke é considerado o fundador do empirismo, doutrina segundo a qual todo o conhecimento deriva da experiência. Como filósofo, ele é conhecido pela teoria da tábula rosa do conhecimento, que é uma crítica à doutrina das ideias inatas, formuladas por Platão, segundo a qual determinadas ideias, princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente da experiência.
Após o triunfo da Revolução Gloriosa, Locke publicou dois tratados sobre o governo civil. O primeiro é uma contraposição do Patriarca, obra em que é defendido o direito divino dos reis com base no princípio da autoridade paterna que Adão legará à sua descendência. O segundo é um ensaio sobre origem, extensão e objetivo do governo civil. Nele, Locke sustenta a tese de que nem a tradição nem a força, mas apenas o consentimento expresso dos governados é a única fonte do poder político legítimo.
Juntamente com Hobbes e Rousseau, Locke é um dos principais representantes do jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais. O modelo jusnaturalista de Locke é semelhante ao de Hobbes: ambos parte do estado de natureza que, pela mediação do contrato social, realiza a passagem para o estado civil. Contudo, há grande diferença na forma como Locke, diferente de Hobbes, concebe cada um dos