A FORMAÇÃO DAS CIDADES E A BURGUESIA
A FORMAÇÃO DAS CIDADES E A BURGUESIA
Henri Pirenne afirma que nenhuma sociedade urbana se desenvolveu independe do comercio e da indústria. Porém o autor expõe uma realidade de sociedade que tratando de forma estrita, foge dessa condição, expõe na sua nota de rodapé: “Isto é só verdadeiro, naturalmente, para as cidades colocadas nas condições normais. O Estado tem muitas vezes de manter as populações urbanas demasiado e numerosas para poderem prover á sua própria subsistência. Foi assim, por exemplo, em Roma, a partir do fim da República. Mas o aumento da população em Roma era o resultado de causas políticas, não de causas econômicas.” (PIRENNE, Henri. História econômica e social da Idade Média. p109. 1963.)
Expõe como indispensável para o funcionamento das cidades a ação de importação, e exportação para pagamento (1“ compensação ou paga do valor recebido”) daquilo que se apropria para consumo. Sendo justamente a indústria e o comercio que movimenta esse sistema de importação e exportação.
O autor utiliza como foco de seus exemplos a Itália e os Países Baixos; justifica de certa forma isso, através da sua seguinte exposição: A Itália e os Paises Baixos, onde a expansão comercial se manifestou primeiramente, são precisamente os países em que a vida urbana começou e onde se afirmou mais rapidamente e mais vigorosamente (PIRENNE, Henri. História econômica e social da Idade Média. p110-111. 1963.)
A ausência de espaço nos burgos feudais conduziu a instalação de mercadores no exterior deste cerco, resultando na construção de subúrbios vinculados aos “velho burgos”. Muitos dos aglomerados que foram sendo formados nas proximidades do exterior dos burgos feudais devido à atividade comercial