A flor e um sonho
Um grande pesquisador há anos tinha o sonho de comprovar a existência de uma planta muito rara, cuja flor, segundo uma civilização muito antiga e já desaparecida, possuía alguns poderes mágicos. A flor só desabrochava em condições muito especiais. Ela só poderia ser encontrada em latitude e longitude, ou seja, em um local também muito específico. Mesmo conhecendo tudo isso era semelhante a outras espécies. Somente sua flor, de raríssima beleza, poderia distingui-la das demais plantas. Entretanto a flor aparecia de forma imprevisível. Os antigos acreditavam que o desabrochar daquela flor estava relacionado a condições muito especiais, à conjugação de alguns astros. Nessas condições, a beleza dessa flor era tão grande que seria praticamente impossível não reconhecê-la em meio às demais. Acreditavam que suas pétalas cintilavam como diamantes na escuridão. Após vários anos de pesquisa, o cientista acreditou que, finalmente, tinha todas as informações necessárias e, portanto, a condição de identificar o local para encontrar a tão cobiçada flor. Angariou fundos para financiar uma expedição, adquiriu equipamentos sofisticados e contratou um especialista em florestas tropicais para lhe servir de guia. Após vários dias de marcha por uma densa vegetação, identificaram uma trilha, ao que parecia muito antiga. Seguiram-na então e depararam com diversas ameaças e perigos. As dificuldades eram muitas e os obstáculos que se interpunham entre eles e seu objetivo tornava-se cada vez mais desafiadores. Mas a cada obstáculo “intransponível”, sua superação proporcionava a renovação das forças e dos ânimos. Isso os fazia prosseguir na jornada. Até que depararam com um abismo. Depois de tanto caminhar, acreditando que estavam muito perto, aparecia aquele abismo. Não podiam aceitar o fracasso, por isso, permaneceu um longo tempo pensando em alternativas para superar aquele derradeiro obstáculo. Por fim, deu-se por vencidos,