A Filosofia

INTRODUÇÃO

O livro “A filosofia” do autor André Comte-Sponville traz uma interessante narrativa sobre a definição de filosofia, seus principais nomes, correntes de pensamento e sua historia. Na introdução Comte-Sponville já nos dá uma grande noção do que os principais pensadores diziam e traz uma bela opinião a respeito das mais diferentes ideias. Ele diz que nem todo saber, mesmo que racional, é filosófico, pois para ser filosofia é preciso que faça sentido, não como sintoma, mas como argumento ou objeção. A filosofia se faz a partir de discursos e raciocínios, pois como sabemos muitos dos filósofos não escreveram , mas todos falaram e raciocinaram, fazendo discípulos de seus pensamentos.
A filosofia, entretanto não pertence a ninguém, todos têm direito a ela, todos necessitam dela, mas só na medida da razão e da abstração de que são capazes. É possível filosofar sem criar conceitos, pois muitos autores filosofaram refletindo a partir de conceitos criados por outros. Criar conceitos é apenas uma parte do trabalho filosófico, nunca a única e nem sempre a principal. Em filosofia tudo é incerto, inclusive o fato de que tudo é incerto. Nela o que amamos não é a certeza, nem a dúvida, mas o pensamento em si. Ela não é um saber a mais, é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. O que define a filosofia não são seus objetos, mas o modo pelo qual ela trata deles.

CAPÍTULO I – A FILOSOFIA E SUA HISTÓRIA

1. História da Filosofia e História das Ciências A filosofia se propõe a conhecer o imperceptível, o eterno. Enquanto a história conta aquilo que foi em uma época, mas desapareceu em outra. A história da filosofia se apresenta sob uma luz muito diferente. Se não é a história da verdade, tampouco é uma história de conhecimento, visto que não existem conhecimentos propriamente filosóficos. Desse modo ela é sem progresso, tanto quanto é sem certeza. A história da filosofia não é a história de seus progressos, é a de seus conflitos e de suas