A filosofia em africa
Gary Hamel – O Revolucionário dos Europeus
É difícil não se ser cínico sobre a gestão.
O livro de Dilbert é o livro de gestão mais vendido de todos os tempos. E é cínico a respeito da gestão. De facto, nunca houve tanto cinismo. Ora, é o contrário do cinismo que é necessário, é desafiando as convenções que surge a mudança. Assumir riscos, quebrar as regras a ser um maverick sempre foram atitudes importantes, mas hoje são mais cruciais duque nunca. Vivemos num mundo descontínuo, em que a digitalização, a desregulação e a globalização estão a reformular profundamente o panorama económico.
Não esta a falar de todo um ajustamento pela rama, pois não?
Claro que não. O primeiro item na agenda é ser o arquitecto da transformação do seu sector, e não apenas da transformação da sua empresa. As empresas que vêem a mudança como, apenas um assunto interno poderão ficar para trás. Em vez disso, é necessário olhar para fora das fronteiras do seu mercado. Se quiserem enxergar o futuro, 80% da aprendizagem terá de ter lugar fora das fronteiras da empresa. Isto não é algo em que as empresas sejam muito boas.
Pensa que a reengenharia de processos produtivos, que também nos foi apresentado como revolucionário desde o inicio dos anos 1990, se esta a tornar menos revolucionário e mais incremental?
Na reengenharia, há uma grande diferença entre a teoria e a prática. Teoricamente, o que Champy e Hammer disseram (no seu livro de 1993, Reengineering the Corporation) foi verdadeiramente revolucionário. Na prática, aquilo que tenho visto é mais incremental do que uma quebra de paradigma. Mesmo que haja mudanças profundas nos processos, não significa que se esteja a reinventar uma indústria.
As empresas que vêem a mudança como um assunto interno poderão ficar para trás.
As empresas chegaram ao limite daquilo que as mudanças incrementais podem
Conseguir, e isso que quer dizer?
Durante os últimos 10 anos, as empresas