A filosofia do xadrez e o xadrez como filosofia de vida
A vida - já afirmou alguém – é um grande tabuleiro de xadrez. O nosso parceiro no jogo é o tempo. Se hesitarmos, perderemos; se continuarmos a jogar podemos vencer. O único jogo de Xadrez verdadeiro é o Tempo quando bem empregado; se empregarmos mal perderemos.
INTRODUÇÃO
Os jogos de tabuleiro têm um importante papel em pesquisas, desde meados do século XX. Em 1944, baseando-se em jogos como xadrez e pôquer, John von Neumann e Oskar Morgenstern elaboraram a teoria dos jogos, cuja aplicação estende-se a problemas matemáticos, sociais, políticos, econômicos, da psicologia e também na guerra (DAVIS, 1973, p. 15).
A teoria dos jogos representa um método para abordar, de modo formalizado, os processos de tomada de decisão por parte de agentes que reconhecem sua interação mútua. (FIANI, 2004, p. XII). Considera que problemas de comportamento econômico, como a troca direta ou indireta de mercadorias entre duas ou mais pessoas, o monopólio, o oligopólio e a competição livre podem ser analisados pela teoria matemática dos jogos de estratégia (NEUMANN; MORGENSTERN, 1990, p. 1).
A aproximação entre jogo e educação já foi amplamente estudada e posta em prática por autores consagrados ao longo da história. O filósofo Suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), defendia uma educação através do contato com a natureza e propunha o uso de jogos, brinquedos, esportes, instrumentos variados, linguagem, música e Matemática (geometria), em substituição a uma disciplina rígida e o uso excessivo da memória.
O médico belga Ovídio Decroly - nasceu em Renais, na Bélgica, e faleceu em Bruxelas, em 1932. Formou-se em medicina, aperfeiçoando seus estudos em Berlim e depois em Paris, voltando a seguir à Bélgica, onde foi nomeado chefe do serviço de crianças anormais (excepcionais) e médico inspetor das classes especiais de anormais, de Bruxelas. Inicia então sua carreira pedagógica. Em 1901 fundou o