A filosofia de immanuel kant
Immanuel Kant foi um filósofo e pensador alemão que viveu na cidade de Konigsberg (Prússia). Nascido em 22 de abril de 1724, nunca deixou sua cidade natal, permanecendo aí até sua morte em 12 de fevereiro de 1804. Para entender a filosofia de Kant, precisamos entender também suas influências que, podemos dizer, foram contraditórias. A primeira foi a de sua mãe, Regina Reuter, através da linha religiosa do pietismo (corrente radical do protestantismo luterano que põe em voga a percepção do crente como pecador e a necessidade de regeneração moral), neste caso, Kant lembra muito a situação de Agostinho e a influência de sua mãe Mônica. A segunda concerne à literatura que o influenciou e entre os autores que a compunham estavam Hume e Rosseau (Reale & Antiseri, 1990). Além disso, precisamos também compreender o contexto histórico e político no qual Kant desenvolve suas obras. Kant foi fortemente influenciado por duas principais correntes ideológicas: o humanismo renascentista e o iluminismo. O humanismo rompe com a visão teocêntrica medieval, colocando o homem no centro do mundo (visão antropocêntrica) não apenas de uma forma geral, mas em todos os aspectos: sociais, políticos, morais, científicos, artísticos e religiosos. É a valorização da racionalidade humana (Reale & Antiseri, 1990; Braga, 2009). A concepção de “humanismo” surge na atmosfera de ebulição do Renascimento, paralela ao nascimento da ciência moderna, instaurando a noção da dignidade humana e erigindo a realização do potencial natural do ser humano como meta intelectual (Aleksandrowicz & Minayo, 2005). Já o Iluminismo é a filosofia da burguesia em ascensão, é a filosofia da defesa da razão, do conhecimento científico e da técnica. Seu objetivo seria libertar a humanidade da magia, dissolver os mitos e derrubar a imaginação com a ciência. Como diria o próprio Kant em 1784 (Reale & Antiseri, 1990):
“O iluminismo é a saída do homem