A filosofia da religião tomista
A Filosofia da Religião Tomista
Origem: O tema da Filosofia da Religião ganhou força nos últimos anos. Desde a Escolástica, em que a filosofia se punha ao serviço da fé, sucessivamente, tanto no idealismo filosófico, quanto no realismo filosófico tem-se abordado o tema da religião, sob a análise filosófica. De etimologia discutível, grandes pensadores tenderam derivar religião de religio, e esta de religare, com o sentido de uma nova 'ligação'. Aqui tomamos Filosofia da Religião para significar em Tomás de Aquino o estudo da virtude moral pela qual o homem deve render graças a Deus [STh I-II,q60,a3,c]. Em Tomás de Aquino encontramos uma profunda análise filosófica da religião, enquanto virtude pela qual o homem se converte a Deus, se orienta a Deus e rende-Lhe graças. É justamente neste sentido que aqui tomamos Filosofia da Religião Tomista. A Filosofia da Religião Tomista: Não tratamos, aqui, da religião sob a ótica teológica. É a filosofia que abordará a religião como uma virtude moral, uma virtude anexa à virtude cardeal da justiça. Por isso mesmo denominamos Filosofia da Religião Tomista, a doutrina ético-metafísica que o Aquinate traçou sobre o modo como o homem, naturalmente, é impelido a orientar-se e render graças a Deus. Onde?: Tomás de Aquino escreveu sistematicamente um tratado sobre a religião. Em diversas obras de sua Opera Omnia, discute a questão da religião, desde a perspectiva filosófica de uma virtude moral. Destacamos, aqui, as principais obras onde se referiu ao tema: Summa Theologiae Contra Gentiles Comentários aos Livros das Sentenças no opúsculo Contra impugnantes Dei cultum et religionem e no comentário do De Trinitate de Boécio,
Método: Notadamente, a filosofia de Tomás de Aquino é cristã, no sentido de que, embora o filósofo considere as criaturas diferentemente do teólogo, a sabedoria divina parte, algumas vezes, dos princípios da sabedoria humana: Aliás, entre os filósofos, a filosofia