A festa
As comemorações religiosas das camadas mais ricas da população no Rio de Janeiro no início do século XIX eram ocasiões de demonstração de riqueza e requinte. As ruas eram ornamentadas com velas, candelabros, e o calçamento, coberto por folhas e flores perfumadas.
Essas festas saíram das igrejas, espalhando-se para as praças e ruas próximas, onde negras quitandeiras vendiam café, bolos e biscoitos. O número de pessoas estimulava o aparecimento de vendedores ambulantes, que ofereciam desde galinhas e carne de caça, até capim para colchões.
Além das feiras, os bailes misturavam danças portuguesas e africanas, envolvendo os pares. Havia leilões e muito foguetório.
As janelas das casas ricas eram ornamentadas com colchas e toalhas de seda, damasco e veludo. As mulheres ricas espiavam de dentro de suas casas a folia do povo na rua, mas não se misturavam a ele. As mesmas providências eram tomadas por ocasião de nascimentos, casamentos e aniversários da Família Real.
A queima do Judas era uma das festas mais prestigiadas. O povo fazia um boneco de pano recheado de capim e bombas. O boneco representava alguém antipatizado pela população, de modo geral representantes do governo. No sábado da Semana Santa, uma multidão se reunia em lugar combinado e explodia o Judas, ao som de vaias e palavrões.
Jean-Baptiste Debret, O Judas no sábado de Aleluia, início do século XIX, Rio de janeiro. AS FESTAS
As comemorações religiosas das camadas mais ricas da população no Rio de Janeiro no início do século XIX eram ocasiões de demonstração de riqueza e requinte. As ruas eram ornamentadas com velas, candelabros, e o calçamento, coberto por folhas e flores perfumadas.
Essas festas saíram das igrejas, espalhando-se para as praças e ruas próximas, onde negras quitandeiras vendiam café, bolos e biscoitos. O número de pessoas estimulava o aparecimento de vendedores ambulantes, que ofereciam desde galinhas e carne de caça,