A Fenomenologia e sua relação com a Psicologia.
A Fenomenologia de Husserl surgiu na Alemanha no final do século XIX, com a decadência dos sistemas filosóficos tradicionais e do Positivismo.
Nessa época, questionava-se sobre a existência de um “sujeito puro”, que seria neutro, ou seja, não participa daquilo que conhece.
Predominavam, as preocupações sobre o sujeito concreto e sua vida psíquica imediata. Husserl foi fortemente influenciado por Brentano, sendo esse o primeiro a propor diferenças entre eventos físicos e psíquicos, afirmando a existência da intencionalidade nesse, porém limitou-se ao âmbito da psicologia.
Husserl por sua vez, ultrapassa os limites da psicologia. Em suas primeiras obras, ele investiga a intencionalidade na vivência da consciência, chegando a uma análise profunda do conhecimento. Husserl problematiza o próprio conhecimento e apresenta a Fenomenologia como único método para chegar à verdade apodíctias.
Husserl propõe “retornar às coisas mesmas”, onde as coisas são vividas e ganham sentido antes mesmo das construções teóricas e conceituais. Considera como ponto de partida do conhecimento.
“Retornar às coisas mesmas” não é entendido como realidade, mas como fenômeno. É a única coisa que temos acesso imediato e intuição originária.
Existe entre a consciência e o objeto uma correlação, a consciência é sempre intencional e está voltada para o objeto, enquanto este é sempre objeto para uma consciência. Na Fenomenologia utilizamos a redução para chegar à essência do fenômeno. A atitude natural do indivíduo é acreditar que o mundo existe independente de nossa presença, o mundo não existe por si mesmo. A consciência é quem doa sentido a tudo que o mundo nós apresenta. É necessário, portanto, que seja feita uma reflexão sobre a existência da consciência, pois é a mesma que fornece sentido a tudo que existe.
A redução fenomenológica consiste na suspensão de preconceitos, teorias da ciência ou mesmo de nossa consciência. Dessa forma