A Favor Da Gin Stica No Cotidiano Da Educa O F Sica
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
Ponto de Vista
FLÁVIO MEDEIROS PEREIRA
Universidade Federal de Pelotas (ESEF/UFPel)
Introdução
Ao ser favorável ao ensino da ginástica nas aulas regulares de Educação Física (EF) no ensino médio (EM), com formas e conteúdos diferenciados positivamente de meros trotes e alongamentos, assume-se uma postura eminentemente educacional, apoiada em: a) Mais de trinta anos de experiência como professor de EF, incluindo atividades docentes no ensino superior, médio e fundamental;
b) Dissertação de mestrado em Ciências do Movimento Humano, tematizando a ginástica, PEREIRA (1987); c) Tese de doutoramento em Ciências
Humanas-Educação, centrando-se no cotidiano do
EM, PEREIRA (1993); d) Atividades práticas, estudos e pesquisas focando a ginástica, PEREIRA
(1984 a, 1984 b, 1986, 1998 a), PEREIRA; SARAIVA (1996), PEREIRA; BERNARDI (2000),
PEREIRA; ADAMOLI (2002) e PEREIRA et alii
(2003); e) Pesquisas com a EF no EM realizadas em âmbito estadual, PEREIRA (1998 b, 2001,
2003 e 2005).
Destes elementos aos quais se incluem uma contínua convivência com o cotidiano escolar, como na supervisão de acadêmicos em Prática de
Ensino, e sua necessária atualização literária, percebe-se que a participação, qualitativa, da ginástica em aulas de EF escolar vem diminuindo. E o enfoque do dia-a-dia, da cotidianidade no estudo da
EF é importante porque assim se trata da realidade objetiva onde efetivamente se concretizam o projetado e o acidental e, se tem nas aulas regulares o seu momento de maior significado. Assim, ao se defender a ginástica, busca-se negar e superar uma faceta de uma realidade reducionista pedagógica e culturalmente, tal como a que ocorre no EM, particularmente no Sul do país.
Esse reducionismo cultural pode ser exemplificado pela maciça presença do esporte nas aulas de EF no EM. Dos conteúdos comuns na EF escola brasileira, o esporte é a única forma de cultura explicitamente citada na CONSTITUIÇÃO DA