A Família como Modelo: desconstruindo a patologia.
Nossa sociedade considera a família como uma instituição fundamental à vida social, contudo há dificuldades para conceituar o que é a família brasileira diante da sua heterogeneidade, por exemplo, há famílias constituídas a partir de laços co-sanguíneos, assim como há aquelas em que esses laços não existem, há também famílias nucleares, famílias extensas, famílias conjugais, com relação regulamentada pelo casamento civil, assim como aquelas em que não existe regulamentação jurídica.
É essa importância da família que faz com que diferentes áreas do saber confluam para o desenvolvimento da Terapia Familiar Sistêmica (TFS). Para a prática clínica da Terapia Familiar, é importante caracterizar o tipo de família com a qual o terapeuta intervirá, na tentativa de abarcar as mais diferentes constituições familiares consideram-se as seguintes categorias de família (embora não haja consenso quanto a significação de cada uma):
Família de Origem (FO): formada por laços sanguíneos (filhos, pais, avós);
Família Extensa (FE): formada por laços sanguíneos ou por convivência no mesmo espaço e por um longo tempo que se estenda até o presente. Pode ser vertical quando inclui acima de 03 gerações ou horizontal quando adota outras pessoas sem laço de parentesco;
Família Nuclear: (FN): composta por pais e filhos cujos laços são estabelecidos a partir do relacionamento biológico;
Família Substituta (FS): família que adota pessoas com as quais não tem laços de parentesco.
Considera-se que a TFS tenha passado por 03 fases: a essencialista, a transacional e relativista (KARRER, 1989). Há modelos também que a caracterizam a partir da centralização (SLUZKI, 1983):
No PROCESSO, quando o sistema mantém a conduta sintomática. Nesse sentido, a intervenção do terapeuta se faz na modificação das regras familiares, a fim de recuperar a potência familiar para a resolução de