A experiência criativa
O objetivo do texto é mostrar que todas as pessoas são capazes de atuar, improvisar, de jogar e aprender a ter valor no palco, de aprender através da experiência e se o ambiente permitir pode-se aprender qualquer coisa, assim como ensinará tudo o que ele tem para ensinar se o individuo se permitir, pois talentoso é experienciar, penetrar no ambiente e envolver-se total e organicamente com ele de maneira intelectual, física e intuitiva, sendo esse último vital para a situação de aprendizagem.
Quando a resposta a uma experiência se realiza no nível do intuitivo, quando a pessoa trabalha além de um plano intelectual constrito, ela está realmente aberta para aprender. O intuitivo só pode responder no imediato — no aqui e agora e a espontaneidade é um momento de liberdade pessoal quando estamos frente a frente com a realidade e a vemos, a exploramos e agimos em conformidade com ela.
O jogo é um dos sete aspectos dessa espontaneidade em que proporciona o envolvimento e a liberdade pessoal, necessários para a experiência além de desenvolver as técnicas e habilidades através do próprio ato de jogar. O primeiro passo para jogar é sentir liberdade pessoal, ser parte do mundo que nos circunda e torna-lo real tocando, vendo, sentindo o seu sabor, e o seu aroma procurando o contato direto com o ambiente que deve ser investigado, questionado, aceito ou rejeitado levando-nos a experimentar e adquirir autoconsciência (autoidentidade) e autoexpressão.
Um relacionamento de grupo saudável exige um número de indivíduos trabalhando interdependentemente para completar um projeto, com total participação individual e contribuição pessoal, pois, o teatro é uma atividade artística que exige o talento e a energia de muitas pessoas, desde a primeira ideia de uma peça ou cena até o último eco de aplauso. Sem esta interação não há lugar para o ator individualmente, todavia é a partir do acordo e da atuação em grupo que emerge o material para as cenas e peças.