A exentrica família de antonia
Este filme foi um dos grandes "culpados" para o meu despertar filosófico. Lembro-me muito bem quando o assisti pela primeira vez; tinha apenas 12/13 anos na epóca. Lembro mais ainda de um grande personagem no filme que me marcou muito, justamente o filósofo do filme conhecido como "Dedo Torto" e a sua "Carta" . Fiquei tão impressionada com o conteúdo da Carta que me lembro até hoje. E aqui transcrevo:
"(...)É absurso crer que a dor constate que nos aflinge seja apenas momentânea . Pelo contrário: a desgraça é a regra e não a exceção. A quem culpar por nossa existência? A explosão solar que nos deus a vida? Eu me acuso já que não creio em Deus ou reencarnação, se acreditasse poderia me iludir de que a vida nos promete uma divina sobremesa após uma indigesta refeição. Não quero mais pensar, acima de tudo não quero pensar".
A Excêntrica Família de Antonia”. Excêntrica, como um pouco de cada um de nós. E não somente de Antonia. O caráter da obra é universal, como se a epopéia da matriarca que a batiza fosse uma metáfora para a existência de cada um de nós. Especialmente uma metáfora para o universo feminino, mais acolhedor que o masculino, capaz de criar com naturalidade um “círculo