Visão do multiculturalismo do filme a exentrica familia de antonia

Introdução

“O tempo não cura as feridas, mas alivia a dor e embaça a memória”. A verdade é que o tempo não perdoa nada nem ninguém. E perceber seus efeitos pode ser algo bem triste. A ele nada escapa, embora todos vivam suas vidas sem se aperceber disso. É disso que fala A Excêntrica Família de Antônia, filme da diretora Marleen Gorris, que conta a história de quatro gerações da família desta generosa, moderna, eterna mulher, que viveu a vida de uma forma tão simples e afetuosa, que quando a hora de partir chegou, ela simplesmente reuniu a família, despediu-se, fechou os olhos, e morreu…

A excêntrica Família de Antônia e o Multiculturalismo

O filme A excêntrica família de Antônia se passa no pós-guerra e conta a história de Antônia; que retorna à vila onde nasceu quando sua mãe está prestes a morrer. Antônia chega à vila com a sua filha, Danielle, e juntas, estabelecem uma “comunidade”.
Podemos identificar que a família era constituída por três gerações de mulheres independentes. Percebe-se rapidamente que Antônia é uma mulher diferente das demais, ela que é uma mulher simples e tão generosa, acaba modificando a sociedade em que está inserida, através de sua maneira de lidar com as pessoas do vilarejo. A relação entre os membros da família era de respeito autencidade recíproca e igualdade. Existia um intercambio entre as pessoas, saberes e práticas diferentes, e por isso acabavam encontrando dentro de suas diferenças um novo sentido de convívio comum, enquanto no vilarejo havia uma cultura dominante que oprimia e discriminava as pessoas que não estavam dentro do padrão “aceitável”.
No vilarejo mulheres eram discriminadas, tratadas como mercadoria, Dedee em sua casa era discriminada por seu pai e irmãos, sua mãe não tinha voz dentro de casa ,ao ponto da Dedee ser abusada pelo próprio irmão. A igreja influenciava a vida das pessoas de uma maneira autoritária por suas crenças e moral, quando Danielle resolve ter um filho