A evolução dos estudos arqueológicos no brasil

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Antes de considerar a Arqueologia propriamente dita, faz-se necessário delinear o perfil do contexto sociopolitico e ideológico em que esta ciência surge e se desenvolve.
De um modo geral, na visão dos estudiosos, a Arqueologia acaba herdando as mesmas características que compuseram a formação do meio acadêmico brasileiro que, por sua vez, já surgiu reproduzindo a estrutura social do país, marcada pelo patriarcalismo hierárquico. Sendo assim, a universidade brasileira, mesmo surgindo tardiamente em relação às demais no continente americano , preserva o caráter conservador, restritivo à liberdade de pensamento, autoritário e avesso ao novo. O sistema universitário acaba, pois, refletindo uma sociedade dominada por uma minoria que estende ao meio acadêmico suas práticas de monopólio do poder político, impondo obstáculos ao desenvolvimento científico como prioridade. Esse quadro se mantém durante um longo período, começando a se reverter somente após a abertura política e o fim da ditadura militar.
Considera-se como os primórdios da Arqueologia no Brasil os estudos desenvolvidos pelo Inst. Hist e Geo Brasileiro, no século XIX. Porém, a arqueologia acadêmica tem início apenas o pós-segunda guerra, através da iniciativa de Paulo Duarte, fundador da USP. Conduzida por ele, se transformaria no Instituto de Pré-História que introduziu no espaço universitário a arqueologia como atividade de pós-graduação, a ser desenvolvida pelo pesquisador após a conclusão de algum curso ligado a esta ciência.
De início, tendo pesquisadores franceses como Madame Emperaire à frente dos trabalhos, privilegiaram-se os trabalhos de campo e laboratório, distanciando-se do chamado "saber acadêmico". Essa opção preteriu os clássicos da literatura arqueológica norte-americana, trazendo consequências como ausência de autocrítica, desinteresse por publicações, entre outras. Nesta mesma época, por iniciativa do Prof. Eurípedes Simões de Paula, é inserido o estudo da arqueologia clássica

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