A evolução do cinema brasileiro
Em 1896 chega ao Brasil um aparelho de projeção denominado, na época, de cinematógrafo e a primeira exibição aconteceu em 8 de julho do mesmo ano, na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Ignora-se o nome do empresário que trouxe o projetor, mas a máquina recebeu o nome de Omniographo. A primeira filmagem foi da baía de Guanabara, em 19 de junho de 1898, quando Afonso Segreto trouxe, ao retornar de uma de suas viagens, uma câmera de filmar. Ainda neste ano, os irmãos Segreto filmaram a visita do presidente da República ao cruzador Benjamim Constante; a partir de então, registraram todos os acontecimentos políticos e da sociedade carioca em geral, além de realizarem gravações recreativas.
Na época, o cinema ainda não possuía uma linguagem própria, era como se as cenas fossem gravadas sob a óptica de um espectador sentado numa poltrona de teatro. A insuficiência de energia elétrica foi um dos grandes empecilhos no desenvolvimento do cinema nacional, por isso a exibição de filmes ficou estagnada por um período de dez anos. Apenas em 1907, momento em que a energia elétrica se tornou industrial, foi que o cinema floresceu, viabilizando as primeiras importações de fitas estrangeiras.
Abriram-se várias salas de exibição no eixo Rio-São Paulo, seguindo o desenvolvimento da produção brasileira. Inicialmente o quadro técnico-artístico e comercial era constituído basicamente por estrangeiros italianos que já tinham alguma experiência na área cinematográfica em seus países de origem, porque no Brasil não existiam especialistas nessa área.
No ano seguinte surgiram algumas novidades, como a primeira comédia Nhô Anastácio chegou de viagem, de Júlio Ferrez, a primeira fita esportiva Match Internacional de futebol entre brasileiros e argentinos e a primeira sobre corrida de automóveis O circuito de Itaperica. Além da produção do primeiro drama Os estranguladores, de Antônio Leal, que reproduziu uma tragédia vivenciada naquela época, sendo também o