A Eugenia na America Latina
STEPAN Nancy L. A eugenia na América Latina: origens e ecologia institucional. In “A HORA DA EUGENIA”: raça, gênero e nação/Nancy Levys Stepan.Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005. A Eugenia na América Latina: Origens e Ecologia Institucional
No texto “A eugenia na América Latina: origens e ecologia institucional”, a autora Nancy Stepan descreve o movimento eugênico na América Latina. Embora se refira também ao movimento no México e na Argentina, apresenta destaque maior a história da eugenia no Brasil em seu contexto social, científico e ideológico, e a institucionalização desta na América latina como ciência do Aprimoramento racial. A fundação da primeira sociedade brasileira de eugenia, seguida posteriormente pela argentina, aconteceu no início de 1918, impulsionada por diversos fatores latino-americanos. Entre estes fatores inclui a primeira guerra mundial, a crise de desenvolvimento, o estado da ciência latino americana e o e o sentimento nacionalista que ocorreu logo após a primeira guerra em algumas áreas da América Latina. O nacionalismo pós guerra não somente desejava projetar os Estados-nação latino americano ao cenário mundial como também realizar a regeneração nacional. Segundo a autora, a sociedade eugenista latinos americano, constituída em sua maioria por médicos, via no movimento eugênico uma alternativa capaz de auxiliar na reforma social, assim, também tal ideologia ocorrera no Brasil. Os profissionais da saúde presumiam que doenças sociais surgiam na base hierárquica, visto que esta era formada por uma sociedade estratificada, social e racialmente. Uma população em sua maioria negra e analfabeta preconceituosamente considerada anti-higiênica, ignorante e hereditariamente inadequada para o progresso da nação. A crise de desenvolvimento gerou imensas mudanças na América Latina no período de 1870 a 1914. No Brasil as mudanças foram percebidas em vários aspectos, ou seja,