a etica e o cuidado com pacientes terminais
Ana Paula 2
Resumo:
Há alguns anos atrás se pensava que o cuidar deveria ser destinado apenas ao paciente. A equipe médica e de enfermagem dirigia seus esforços aquele que portava alguma doença e dependia do cuidado destes profissionais. Porém com o passar do tempo começou a ficar evidente que a família daqueles pacientes merecia também um cuidado especial, pois não é fácil habitar o ambiente hospitalar lidando com o risco de morte de alguém tão próximo e manter-se equilibrado emocionalmente.
Quando a situação se agrava e o diagnóstico é de paciente terminal o cuidado tanto com o paciente como para a família torna-se imprescindível. A ética profissional na área da saúde exige que a atenção seja dada de forma eficiente e tente amenizar a situação do paciente, visto que o ambiente de uma UTI – Unidade de Tratamento Intensivo povoa o imaginário popular como um lugar gélido, inóspito e que prenuncia a morte.
Morrer é algo que o ser humano ainda não aprendeu a lidar de forma natural, já que a morte é um fenômeno natural e lidar com a morte do outro é ainda mais difícil que com o pensamento da própria morte. Segundo Silva apud Santana (2009);
A forma como a morte é encarada em uma sociedade, e para a família varia drasticamente de cultura pra cultura, e de uma época para oura. A morte não se apresenta igualmente para as pessoas e varia ao longo da vida de cada uma delas, dependendo da cultura e das experiências pessoais e familiares. (Santana, 2009, p. 80)
Sendo assim, como essas diferentes visões interferem na relação que construímos com o objeto ou, como é o caso, com a percepção da aproximação do evento o cuidado com estas pessoas devem transcender ao comportamento técnico-profissional.
Boff (1999) ao falar sobre o cuidado mostra que a humanidade se revela através do ato de cuidar. É através do cuidado que nós nos identificamos como ser portador de