A estética simbolista: textos doutrinários comentados
“(...) temos que nos reportar aos meados do século XIX, quando, economicamente, se assistiu à intensificação da Revolução Industrial e, quando, culturalmente, o homem tentou explicar o real através de pressupostos científicos.” (P.11)
“As indústrias exigem cada vez mais o serviço de mão-de-obra especializada, que aumentará consideravelmente a população das grandes metrópoles. Vive-se um momento de euforia, em que tudo se pauta pela obsessão da velocidade e da competição.” (p.11)
Nesse momento, mais do que nunca, o desenvolvimento industrial caminha em comunhão com o científico.
“(...) multiplicam-se os inventos que visam a suprir o apetite de um campo que se desenvolve cada vez mais.” (P.11)
“(...) o progresso industrial, que trouxe consigo inegáveis benefícios materiais à Humanidade, tem paralelo numa concepção científica e materialista dos fenômenos, que procurava explicar o Universo através da “Razão Triunfante”” (p.11)
Buscando compreender o mundo via razão, o Positivismo defende a aproximação máxima do real.
“A euforia provocada pelos sucessos do binômio Revolução Industrial/Positivismo, baseada na crença do domínio do Universo por conquistas materiais e por experimentos, acabaria, no entanto, levando a séria crise.” (p.12)
“(...) se a Revolução Industrial, com a automação, economizou recursos, por outro lado, transformou o operário na engrenagem de uma máquina, ao condicioná-Io às linhas de montagem.” (p.12)
“Se introduziu a produção em série, intensificou também a brutal separação das classes sociais, com o isolamento do homem dentro de sua especialidade.” (P.12)
As distâncias se encurtaram, pois a locomoção era mais rápida e fácil e informação mais dinâmica com a viabilização dos periódicos. Com esse isolamento do homem dentro de sua especialidade ele acabava tendo uma visão fragmentada do mundo.