A ESTRUTURA DE PONTES ESTAIADAS COM ESTUDO DA PONTE-ESTAÇÃO SANTO AMARO
Resumo
Este trabalho tem o objetivo de estudar as pontes estaiadas, indicando os detalhes da superestrutura, mastro e estais, dando maior ênfase ao último item, já que ele é dos três, o que tem mais particularidades, tanto em seu interior, quanto na quantidade de possibilidades de montagem em seus sistemas longitudinal e transversal, e com a aplicação do estudo na Ponte-Estação Santo Amaro. Foi escolhida a Ponte Jamil Sabino, porque ela foi a primeira ponte estaiada no Brasil, o que a deixa como um marco importante para o país. Sobre os estais, o trabalho demonstra detalhadamente, além de seus sistemas de uso, os materiais que são usados para tensionar e ancorar a estrutura para sustentar as pontes.
Palavras-chave: Estais; Superestrutura; Pontes.
1. Introdução
As pontes estaiadas são uma solução estrutural de pendurais muito antiquada, com registros arqueológicos egípcios, índigenas e chineses no Tibet. Até a primeira metade do século XIX foram construídas pontes híbridas na época, dimensionadas por processos empíricos baseados nas experiências anteriores dos projetistas e construtores. A concepção moderna substituiu as correntes ou barras por cabos de aço protendidos com elevadas tensões, sendo o primeiro registro de aplicação exclusiva de estais em 1951, na França.
As obras estaiadas são a melhor opção quando se deseja vencer grandes vãos (travessia de rios, vales e rodovias) sem a necessidade de criar apoios intermediários. A volubilidade das pontes estaiadas conduz a uma ampla variedade de configurações geométricas.
Os estais correspondem ao sistema capaz de transferir diretamente os carregamentos que atuam no tabuleiro para o mastro. Integrados por cordões galvanizados e enrolados em espiral, os cabos dos estais eram constituídos somente por múltiplos fios de seção redonda. Hoje os mais utilizados apresentam-se em um feixe