A Escrava Isaura: Mulher Escrava
A personagem Isaura é o fruto da relação entre um feitor e uma escrava. Por consequência, herdou do pai a pele branca e da mãe, a escravidão. Trazia em si a educação e a beleza de uma dama. Por esse motivo, instiga em Leôncio, o seu senhor, uma paixão exorbitante que o leva a confiná-la por não corresponder ao seu amor. Inicia-se uma batalha entre cativo e senhor, um drama que leva a personagem a fugir, literalmente, com a ajuda de seu pai. Nesse momento, ela conhece um belo e rico rapaz e ambos apaixonam-se. Todavia, a perseguição não cessa. Isaura é aprisionada por seu senhor, mas alcança a liberdade por intermédio de Álvaro.
A condição de escrava da personagem é tecida de maneira paradoxal, pois, ao mesmo tempo que, passa pela sujeição, adota também os valores da cultura do homem branco. Neste estudo será analisada a representação da personagem feminina, levando em consideração os aspectos históricos e sociais que interferem em sua construção.
A obra gira em torno dos aspectos sociais que envolvem a escravidão, como também os valores do homem branco. Nesse sentido, alguns teóricos como Antonio Candido, Affonso Romano de Sant’anna, Suzana Pravaz, Douglas Cole Libby e Eduardo França Paiva nortearão a análise desta personagem.
REPRESENTAÇÃO DO FEMININO: ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM ISAURA
Na segunda metade do século XIX, o romancista e poeta Bernardo Guimarães compõe a obra A escrava Isaura, a qual discute acerca de ideais abolicionistas, pois, de acordo com dados da Academia Brasileira de Letras, o autor engajou-se na revolução