A escola na formação de hábitos alimentares saudáveis
A escola é, sem dúvida, um ambiente favorável para o desenvolvimento de ações para a promoção da saúde, bem como ao estímulo, formação ou correção de hábitos saudáveis, por ser um espaço social onde muitas pessoas passam grande parte do seu tempo, convivem, aprendem e trabalham (FERNANDES, 2006; BRASIL, 2007).
Muitas escolas incluem no projeto didático pedagógico ações relacionadas à promoção da saúde, porém, há uma profunda incoerência entre o que é aprendido em sala de aula e as práticas e posturas das escolas, principalmente com relação ao tema “alimentação saudável”. Uma questão que geralmente ocorre é a incoerência entre o discurso pedagógico e as práticas alimentares, tanto das merendas escolares quanto da oferta de alimentos nas cantinas (MONTEIRO; LEVY-COSTA, 2004, In: BOLETIM DO INSTITUTO DE SAÚDE, 2004).
A escola é um dos primeiros contato que a criança tem com o meio externo, ou seja, meio não familiar. Deve-se a isto, a sua importância no desenvolvimento de características e interesses adversos a da família.
Nos primeiros anos de vida é, essencial, para o crescimento e desenvolvimento da criança, uma alimentação qualitativa e quantitativamente adequada, pois ela proporciona ao organismo a energia e os nutrientes necessários para o bom desempenho de suas funções e para a manutenção de um bom estado de saúde (RODRIGUEZ, 2005).
As práticas alimentares são adquiridas durante toda a vida, destacando-se os primeiros anos como um período muito importante para o estabelecimento de hábitos que promovam a saúde do indivíduo (PHILIPPI,2003), evitando patologias como anemias, diabetes tipo II, cardiopatias, síndromes metabólicas e outras comorbidades associadas com os altos e crescentes índices de obesidade observados entre as crianças (CRIPPS, 2005).
Assim, os profissionais de saúde que cuidam de crianças e os educadores devem se preocupar em fornecer orientações que possam trazer maior saúde e conforto na idade adulta.
A alimentação escolar