A ERA VARGAS Em 1929, uma crise econômica mundial iniciada nos Estados Unidos levou a uma grande queda dos preços do café no mercado internacional. Os cafeicultores paulistas pediram auxílio financeiro ao presidente Washington Luís, mas não foram atendidos. Com a crise, muitos cafeicultores ficaram arruinados e começaram a perder o poder e o prestígio que tinham antes. A preponderância política dos paulistas começava a ser questionada. Muitos líderes políticos de vários estados estavam descontentes com a continuidade dos paulistas no governo federal. Uma forte oposição foi articulada a partir dos estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Em outubro de 1930, o Exército depôs o presidente Washington Luís e dez dias depois o político gaúcho Getúlio Vargas foi empossado na presidência do país. Esse novo golpe de Estado, conhecido como Revolução de 1930, marcou o fim da chamada República Velha. A Revolução de 1930 não contou com muita participação do povo. Ela resultou de um desentendimento entre as oligarquias regionais e significou apenas uma troca de elites no poder. Após a Revolução, os estados perderam parte de sua autonomia e houve uma centralização cada vez maior do poder nas mãos do governo federal. Logo de início, Vargas nomeou interventores no lugar dos governadores de vários estados. Em seguida, convocou uma Assembléia Constituinte, que votou e aprovou a Constituição de 1934. A nova Constituição envolvia mudanças importantes, contemplando vários direitos dos trabalhadores, o voto secreto, o direito ao voto para as mulheres e o ensino primário gratuito e obrigatório para todos. Ainda em 1934, Vargas garantiu sua permanência no governo por meio de eleção pelo povo. Seu mandato iria até 1938, mas ele acabou permanecendo no poder até 1945. Isso resultou de um novo golpe de Estado em 1937, que inaugurou o período da história política brasileira denominado Estado Novo. A Ditadura do Estado Novo