A era vargas

Getulio Dornelles Vargas foi considerado por muitos como o personagem brasileiro mais influente do século XX. Eleito presidente, instaurou o Estado Novo e determinou o fechamento do Congresso, outorgou uma nova Constituição controlando os poderes Legislativo e Judiciário e determinou o fechamento dos partidos políticos.
No Governo por duas vezes (1930-45 e 1950-54), Vargas promoveu grandes mudanças no país.
No plano político - a Revolução de 1930 que produziu um movimento de centralização que transferiu o poder dos estados da federação para o governo central assumindo papel crescente na sociedade e na economia.
No plano econômico – o movimento de industrialização e urbanização, a criação de diferentes órgãos para implementação de novas políticas.
No plano social – foi criado o Ministério da Justiça, a Justiça do trabalho para atuar nas relações entre o capital e o trabalho.
No plano cultural – criação de instituições que atuaram nos campos da educação formal, do teatro, da música, do livro, do rádio, do cinema, do patrimônio cultural, da imprensa. Abrindo espaço para a participação dos intelectuais no projeto de construção de uma identidade nacional.
Mobilizou a sociedade em defesa dos interesses nacionais, fundando, entre outras empresas, a Petrobras, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Hidrelétrica do Vale do São Francisco, todas voltadas às áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país. Em 1938, criou o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e estatística).
Nos governos de Vargas surgiram as bases para a modernização econômica, política e administrativa do país. Incorporação, pela primeira vez, do povo como agente político relevante.
Independente das virtudes e defeitos pessoais e da ação política desenvolvida por Getulio Vargas, seu governo foi um divisor de tempo. O Brasil foi um antes de Vargas e passou a ser outro depois de