A era dos extremos, parte 2
1945-1991
A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. Pois, como observou o grande filósofo Thomas Hobbes, “a guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar: mas num período de tempo em que vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida”.
A Guerra Fria foi uma disputa pela superioridade mundial entre Estados Unidos e União Soviética após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).É chamada de Guerra Fria por ser uma intensa guerra econômica, diplomática e ideológica travada pela conquista de zonas de influência. É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo conflito mundial e por se tratar de duas superpotências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético. Com sistemas econômicos e políticos diferentes, EUA e URSS colocam o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear, criando armas com potência suficiente para explodir o planeta inteiro. Os EUA assumiram a liderança do chamado mundo capitalista livre, e a URSS, do mundo comunista.
Quando se tenta delimitar os marcos da Guerra Fria, as pessoas escolhem datas que enfatizam aquilo que lhes parece ser o mais importante.
Por exemplo, aqueles que acham que a questão nuclear é o principal, dirão que a Guerra Fria começou em 1945, com Hiroshima e Nagasaki, e terminou em 72, com os acordos do Salt-1.Para aqueles que acham que o principal foi a relação entre os blocos, os marcos serão, provavelmente, a Doutrina Truman, em 1947, e a queda do Muro de Berlim, em 1989. Mas a Guerra