A era da guerra total
O autor propõe, nesse primeiro capítulo, analisar os motivos que deram origem às duas grandes guerras mundiais, bem como a maneira como tais conflitos alteraram a realidade mundial (suas consequências).
Podemos perceber, ao longo do texto, o que foi tido pelo autor como uma completa desvalorização do ser humano, haja vista que os anos anteriores aos conflitos foram marcados por ideais de progresso e avanço.
O que começou como uma luta europeia sobre o equilíbrio de poder logo se tornou um conflito global que envolveu as potências imperialistas da Europa, suas colônias e terras, como o Império Otomano, o Japão e os Estados Unidos.
Embora o grande número de países envolvidos no conflito fosse suficiente para descrever a Primeira Grande Guerra como sendo de massa, o que a tornou total foram os fatos de que, além de ter sido travada contra os exércitos inimigos, atingiu, também, a população civil. Os ataques militares, o uso da propaganda e a mobilização de recursos humanos e materiais por parte dos governos fizeram das Guerras Mundiais, de modo geral, conflitos travados não apenas entre exércitos, mas sim sociedades inteiras.
Milhões de soldados e civis morreram, dentro e fora dos campos de batalha.
Uma das principais armas da Primeira Grande Guerra, por exemplo, foram os submarinos utilizados pela Grã-Bretanha. Diante de tais ataques, a estratégia adotada pela Alemanha foi de destruir os navios que abasteciam o exército britânico. Ataques aéreos também foram utilizados e a população em geral tinha de estar sempre em alerta.
Propagandas desempenharam um papel importante durante as guerras, haja vista que atingiam populações inteiras e intervinham na vida cotidiana. O governo e a imprensa foram capazes de manipular a opinião pública, usando palavras como ferramentas para inspirar o espírito nacional, o ódio racial, o sacrifício, a coragem, o medo e a resistência. Tais propagandas pediam que as pessoas - homens, mulheres e crianças, cada