A EPIDEMIOLOGIA COMO MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA
Mensurar o estado de saúde e bem-estar de uma determinada população é uma necessidade para que sejam feitos diagnósticos, realizadas intervenções e avaliados os impactos das mesmas nesta população. A quantificação de variáveis populacionais é, sem dúvida, uma etapa importante e imprescindível como parte desse contexto, procurando através de metodologia específica, conhecer as principais doenças e agravos à saúde que atingem uma determinada comunidade, os grupos mais suscetíveis, as faixas etárias mais atingidas, os riscos mais relevantes e os mecanismos efetivos de controle de cada caso. Os indicadores básicos de desenvolvimento humano assumem importância fundamental em análise da situação de saúde, pois documentam as condições de vida da população e dimensionam o espaço social em que ocorrem as mudanças no estado de saúde (OPAS, 1998). Dada uma série de dificuldades para se “medir” saúde de uma população, é freqüente, ao se avaliar o nível de saúde dessa população, a busca de dados de “não-saúde”, ou seja, dados de morte e de doença.
Valores Relativos
Em estudos epidemiológicos a variável dependente é sempre expressa em número de pessoas acometidas de uma determinada doença ou falecidas. Os dados colhidos diretamente das fontes de informação, ou gerados através de observações controladas, são dados não-trabalhados e tomam a designação de valores absolutos. Os valores absolutos, quando relacionados à variável independente, passam a ser denominados freqüências absolutas associadas à referida variável. Os dados assim coletados são muito utilizados por planejadores e administradores de saúde para estimativas de leitos necessários para determinada enfermidade, previsão de medicação etc.
Para comparar as freqüências de mortalidade e morbidade é necessário transforma-los em valores relativos, ou seja, em numeradores de frações com denominadores fidedignos. Daí surgem os conceitos de mortalidade e