“A elite branca de BH foi muito bem representada em manha festiva na Praça da Liberdade, neste domingo 12/04, entre 10 e 13H. Foram 5 mil pessoas uniformizadas de verde e amarelo, bastante animadas, entoando gritos de fora PT e basta de Dilma. Tinha madame com cachorrinho de colo, empresário com cara pintada e até gatinhas do face book paquerando na Alameda da Praça. Foi um desfile digno do local. Parecia um jogo de Final da Copa do Mundo, onde toda a família estava reunida de peito estufado, orgulhosa gritando Brasil. Preto, pobre e populares se fizeram presentes trabalhando como ambulantes. Manifestando mesmo, da classe “C” e “D”, foram poucos. A exceção dos de “cor”, que moram na zona sul e pertencem a Classe “A” ou “B”, e que desfilaram até a Praça em seus BMW, AUDI e Mercedes. De move, ninguém se moveu para protestar. O perfume exalado era os que se vê no DutyFree. Após as manifestações, os bares e restaurantes de Lourdes e da Savassi, estavam coloridos com as cores da Seleção e gente bonita de sorriso largo, com alma lavada pelo gesto cívico. Mais uma vez ficou claro que a Elite de BH não se mistura com pretos e pobres, nem quando precisa. Não é por acaso que a pseudo-manifestação foi um fracasso total. Belo Horizonte, a julgar pelo que se constatou na Praça da Liberdade nesta manha ensolarada de domingo, mostrou para o Brasil que apenas os ricos ou os “bem informados” estão inconformados com o governo petista e com a presidenta automata. Os beneficiários das Bolsas, os que residem afastado do “circuito coxinhas”, estão se lixando para a política. Com efeito, os organizadores, se é que eles existem, ainda não perceberam que embora 5 mil pessoas não seja o todo da elite branca da capital, manifestações se fazem com volume e contingente. Sem os pobres, pretos e as putas, não tem manifestação.
Os “excluídos” da periferia não estão dispostos a sacrificar a manha de domingo, pagando 4 passagens para se aliar aos ricos ou “intelectuais” da Zona Sul no endereço