A educação profissional em manaus.
RESUMO
O presente artigo visa analisar Educação Profissional no Amazonas sob a égide da Lei n. 4024/61, que modifica o ensino secundário e profissional. Nosso principal foco de análise é a Escola Técnica Federal do Amazonas – ETFAM, referência em ensino profissionalizante na região e logo, afetada pelas modificações propostas pela referida lei. O método que elegemos é materialismo dialético histórico proposto por Trivños (1987), e em nossa perspectiva metodológica nos utilizaremos da Análise de Conteúdo de Bardin (1977). Sob a proposta de Trivños, estruturamos três questões para nortear a análise de documentos: 1) Quais os pressupostos teóricos Lei 4.024/61 2) Como a escola técnica se organizou sob a égide da referida Lei? 3) Quais as categorias recorrentes no discurso sobre a Educação Profissional no Amazonas tendo como parâmetro a LDB de 1961?
Palavras Chave: Lei n. 4024/61, Educação Profissional, Escola Técnica
1.0 INTRODUÇÃO
O artigo visa analisar a formação histórica da Escola Técnica Federal do Amazonas, tendo como base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 4.024/61 – que altera substancialmente o ensino profissional e secundário, afetando diretamente a estrutura organizativa da referida Instituição. Manfredi (2002) informa que a política educacional do Estado Novo preocupou-se em regulamentar o ensino regular, considerando, inclusive, o ensino secundário separado do ensino profissional. Sua função era propedêutica e formava para o ingresso no ensino superior. Segundo Manfredi (2002, p.99), a reforma implementada por Gustavo Capanema em 1942 configurou o sistema escolar com Ensino Primário de duração de quatro a cinco anos e Ensino Médio compreendendo cinco ramos (ensino secundário, agrícola, industrial, comercial e o normal). Desta forma, o ingresso nas Universidades acabou por ser restringido. A partir do momento em que apenas o