A educação física e o esporte na escola
A desvalorização da Educação Física nas escolas em relação as demais disciplinas explica se pelos aspectos históricos relacionados a sua introdução no ambiente escolar, pois, por volta de 1920, por falta de formação adequada, os chamados então instrutores aplicavam para as crianças os mesmos exercícios praticados nos quarteis. Os exercícios eram baseados em métodos ginásticos estrangeiros que possuíam sistematização especifica.
Não havendo um consenso por parte dos profissionais sobre o tipo de atividades físicas aplicadas nas aulas, primeiramente praticava-se a ginastica e a recreação, e é em 1950, influenciada pelo método francês chamado Educação Física Generalizada, que a Educação Física no Brasil procurou incorporar o esporte a disciplina.
Nas décadas de 70 e 80, o campo da Educação Física passou a incorporar as discussões pedagógicas, muito influenciadas pelas ciências humanas, principalmente a sociologia e a filosofia da educação de orientação marxista, com isso surgiram outras tendências pedagógicas decorrentes de estudos, a fim de contrapor as tendências que predominavam até então. Essas tendências são vistas como propostas ou abordagens pedagógicas, que são:
Abordagem do ensino aberto: Indica a abertura das aulas no sentido de se conseguir a coparticipação dos alunos nas decisões didáticas que configuram as aulas essa abordagem tem como principal objetivo trabalhar o movimento em sua amplitude e complexidade, com a intenção de proporcionar aos participantes autonomia para as capacidades de ação.
Abordagem sistêmica: Nessa abordagem existe a influência de estudos nas áreas de sociologia, filosofia, e psicologia em menos escala, nela a função da Educação Física na escola não está reduzida ao ensino de habilidades motoras, o aluno tem de saber o porquê da pratica de exercícios e quais os benefícios vai obter com essa vivencia. Derivam dessa abordagem dois princípios: o da não exclusão e o da diversidade.