Atividades para oficinas de dança
Prof. M.S. Francisco Eduardo Caparroz
Departamento de Ginástica
Centro de Educação Física e Desportos
Universidade Federal do Espírito Santo
E-mail: caparroz.vix@bol.com.br
Entrando em campo
Quem pratica ou acompanha de perto alguma modalidade esportiva já ouviu (ou viu) alguém descrever (fazer, ou mesmo fez) uma jogada desconcertante, dessas que entortam a coluna do outro, que fazem o adversário ficar sentado no chão ou, ainda como diz Eduardo Galeano sobre Pelé, jogadas que desenham um labirinto por onde os seus adversários se perdem e de onde jamais conseguem sair. Também já ouviu um jargão muito comum, nos dias de hoje, no meio futebolístico: “o nó tático” que surpreende a todos. Pois bem, é utilizando essa metáfora que quero falar do esporte nas aulas de Educação Física escolar. Creio que o tema do esporte, como conteúdo da Educação Física, é um grande desafio a ser enfrentado. Não que ele não o esteja sendo, mas, no meu entendimento, esse enfrentamento precisa ser repensado, pois a realidade das escolas e das aulas de Educação Física, bem como a dinâmica social que as envolve têm-se constituído numa jogada desconcertante que teima em entortar nossas colunas (aqui podemos entender como nossa ação pedagógica) e também em um “nó tático” que amarra nossos discursos (o que temos elaborado para fundamentar nossa ação pedagógica).
Tratar do esporte como conteúdo da Educação Física tem sido um dos temas mais presentes no meio acadêmico da Educação Física brasileira. A partir dos anos 80, críticas sobre as concepções que, ao longo da história, vêm informando/formatando/orientando a Educação Física foram formuladas. Uma das críticas, creio que a mais contundente, recaía (recai) sobre a biologização do movimento humano, ou seja, a utilização do paradigma biológico de forma exacerbada, quase como a única maneira para