A EDUCAÇÃO ESTÉTICA DO SER HUMANO DE FRIEDRICH SCHILLER
ROSA DE LOURDES AGUILAR VERÁSTEGUI1
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho ressaltamos o papel formador da experiência estética na educação do indivíduo. Acreditamos que a relevância deste trabalho radica na proposta interdisciplinar e equilibradora, que nos permite buscar em nossas práticas educativas tanto os fatores científicos, como estéticos e éticos. De tal maneira que, uma proposta interdisciplinar a partir da estética permitirá restaurar a harmonia entre os conhecimentos.
Ao ressaltar a ligação entre estética e ciência, pretendemos observar que a ciência e a estética são disciplinas fundamentais para a formação do que denominamos “gosto”, alicerce que permite a formação ética do indivíduo. Visto desta maneira, nossa proposta não pretende unicamente aprimorar e ampliar a visão do mundo dos pesquisadores, senão desenvolver o impulso lúdico, equilibrador, entre os indivíduos visando a formação científica, a sensibilidade estética e o compromisso ético.
Consideramos como nosso principal referencial teórico as Cartas sobre a
Educação Estética do ser Humano (1791-1793) de Friedrich Schiller, apresentando algumas reflexões e comentários sob esta pesquisa bibliográfica.
Procurando atingir nossos objetivos, dividimos o trabalho da seguinte maneira: primeiro, apresentamos as cartas de Schiller; em segundo lugar tratamos o papel do lúdico na estética; em terceiro lugar, a educação do gosto estético e, por último, a relação entre estética e ética.
2. AS CARTAS SOBRE A EDUCAÇÃO ESTÉTICA DE SCHILLER
Friedrich Schiller, autor das Cartas sobre a Educação Estética do ser Humano
(1791-1793) ressalta a importância da educação estética para a formação do indivíduo.
Para este autor, a realidade está formada pelas condições materiais das que faz uso o artista
(tinta, papel, sons, técnicas, idioma, exercícios, regras, etc) e a forma representa o espírito
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Doutor em Educação. Professora da Fasul.